segunda-feira, 24 de setembro de 2012

resposta dada

Se perguntar o que se passou, há quem não me responda, e há quem já saiba a resposta. Eu incluído.
Hoje apercebi-me da indiferença que existe entre nós. Indiferença, não digo. O que se sente não pode ser indiferença. Um misto de raiva e saudade e uma pitada de desespero. Mas não indiferença. Nunca indiferença. Cedo aprendemos que nunca iremos conseguir ser indiferentes a quem já representou tamanho pilar para nós. 
E infelizmente constatamos como seria mais fácil se nos fosse impossível conviver com eles diariamente. 

domingo, 23 de setembro de 2012

como tudo muda, e como tudo fica igual.

Há momentos na vida de uma pessoa em que se questiona basicamente tudo. De onde vimos, para onde vamos, onde vamos jantar quando há uma fila enorme numa festa... Mas, de resto, penso que nada me poderia fazer questionar mais a minha integridade pessoal que uma amizade desconcertantemente especial. Como se fôssemos irmãos, partilhássemos o mesmo sangue. Mas na verdade, se esse sangue fosse derramado, apenas um de nós lá estaria para o vingar.
É incrível como o mundo dá voltas e cambalhotas, e nem nos apercebemos de que acabou, quando já é tarde demais. Este sentimento interior de revolta e de troca fez-me aperceber quão parcial pode ser uma relação deste tipo. De facto, como uma relação pode ter apenas um membro, presente em corpo e alma. Seria hipócrita se não admitisse que todos cometemos erros, eu incluído. Não sou perfeito, mas também, ninguém o é.
Sinto que tudo tem um prazo de validade, que, mais cedo ou mais tarde, expira. Acredito que é impossível voltar atrás nas nossas decisões. Mas, infelizmente, talvez, o meu prazo ainda não expirou. Está por uma linha, é verdade, mas ainda cá está. Só peço sinceridade. Mas nem isso recebo.
Parabéns.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

abve

Só vocês sabem o que é sofrer a meu lado. Todos os dias são etapas diferentes, tarefas diferentes, esforços diferentes. Por mais porcaria que haja entre nós, por mais confusões, eu sei com quem posso contar. Sei que posso contar com todos vocês, que estão lá para o bem e para o mal. Sei onde é o meu lugar, sei com quem pertenço, por mais anos que passem. Cada um de vocês representa uma parte da minha vida, algo que me ajudou a crescer, de tantas maneiras diferentes! You're the best.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

n

Inacreditável como as coisas mudam. Como, de facto, as pessoas mudam - e como, de certa forma paradoxal, sempre foram daquela maneira. Não há muito a dizer: decerto já dissemos tudo o que tínhamos a dizer. O tempo mata as mágoas do que foi um erro. E só o mesmo tempo ditará para onde vamos, para onde vais. Juntos ou separados, cada um prosseguirá o seu caminho, em frente. E muitas vezes, por sentirmos o que dizemos, magoamos quem sente de forma diferente. A verdade, nua e crua, é inevitável. Se não sofrer no presente, sofrer-se-à mais tarde, mas com mais dor. Dor de engano, dor de traição.
Como o mundo dá voltas. E como essas voltas são proporcionais às que eu tenho na cabeça.

domingo, 22 de abril de 2012

Quando nada é o que parece e o que parece é



                                                          Basta nadar, basta nadar.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

pára. pensa. age.

O que fazer quando o pensamento de "desistir" nos assombra a consciência ? Quanto mais penso, menos sei, e quanto menos sei, menos faço. E quanto menos faço, mais penso em desistir. Mas depois penso, penso no futuro e naquilo que seria a minha vida se eu desistisse. E o ciclo recomeça.

terça-feira, 20 de março de 2012

contrariar o destino

contornar o destino,
sem medo, divino
andar de um adivinho
pelo qual espera um caminho

contornar o destino,
com mãos àsperas e nuas,
é o mesmo que arrancar do chão
as raízes do tempo

raízes que saem aos poucos
pedaços de alma, desgostos
que se evaporam.
todos somos considerados loucos.

loucos, pois não entendem
como de um homem, de um mero homem
pode surgir tamanha riqueza:
vida, sonho, esperança;

sou livre, rico e pobre
como um sino de cobre
gasto pelas ondas do tempo.

quem és tu, me perguntam.
tão depressa se alteram,
mágoas fingidas, orgulho rude
que tão depressa vão como regressam

domingo, 29 de janeiro de 2012

palavras ocas

Muitas vezes somos projectados para algo. Literalmente, projectados. Atirados. Arremessados. Como quiserem, o que interessa aqui é que não o esperávamos. Nunca o esperamos. Mas muitas das vezes,  apesar do embate inicial e doloroso, acabamos por "entrar na onda". Há que aproveitar a vida, não é ?

Mas e quando somos nós próprios que nos entregamos a algo (ou alguém) ? Será que esse embate ainda é menos doloroso  do que se  o fizéssemos obrigados? Não.
Então porque é que o fazemos ? Porque é que damos tudo a quem... a quem não nos dá nada ?

Damn you.