terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

o futuro

Mal posso esperar por sair daqui.
E, no entanto, quero ficar. As correntes que me prendem estão a consumir-se pela ferrugem e eu, esperando o seu desaparecimento há anos, questiono o que farei quando elas quebrarem.
Tenho medo. E admitir isto custa-me e consome-me e enlouquece-me.

O futuro assusta-me. E apesar de ter de lutar por ele, porque o quero e porque o espero... Quase que sinto como se o medo que se apodera lentamente de mim me impede de me impelir na sua direcção.