quinta-feira, 23 de março de 2017

o amor não é tudo e eu só me apercebi disso quando me apaixonei pela última vez.

olá, caro blog.

espero que não tenhas apostado na minha relação com o nuno... se sim, have I got some news for you.

no entanto, não venho para aqui com tristes novas e pensamentos de auto-comiseração. que péssimo escritor seria eu se apenas trouxesse notícias más. no entanto, quero ainda acrescentar algo que nunca aqui escrevi, para despachar a negatividade da minha vida.

a minha cadela morreu envenenada e eu entrei numa depressão, e acabei por não conseguir estudar para os exames para entrar em Medicina, porque entrei numa espiral decadente e enormemente só.

posto isto, tenho que dizer que não estava realmente só.
tinha o tiago.




segunda-feira, 21 de março de 2016

preso em red velvet

quantas vezes mais é que tenho que sentir que os meus sentimentos não são validados? é egoísta querer sair e terminar este regime pseudo-ditatorial no qual me encontro, tendo como ditador (os meus sentimentos pel)a minha cara-metade? 
será que, depois dos problemas todos, as coisas ficaram mais ou menos resolvidas?
será que mereço esta rédea curta e trela apertada?
será que tenho amor próprio suficiente para dizer que já chega quando, de facto, o sentir? 
ou será que esse momento já passou e eu acenei enquanto ele passava e gozava com a minha pobre cara de pacóvio apaixonado?

acho que estou numa relação que não me rouba propriamente tempo físico, porque pouco tempo tenho para investir nela (mas, sejamos francos: se ambos o quiséssemos, arranjaríamos uma maneira), mas tempo "psicológico": "será que o Nuno está bem? Será que ficou chateado com o que eu disse? Será que errei quando disse aquilo? Será errado ter dito aquilo? Será que a culpa foi minha? Será (...)?".

será que isto é tão ridículo quanto eu o estou a dar a entender? e será que estou tão preso e tão agarrado que, tal como uma lapa quando é puxada da rocha, faço força para me agarrar, em vão?
será que isto já morreu há algum tempo atrás e estamos a tentar reanimar algo morto? onde anda o Frankenstein, nesta história?

demasiadas perguntas. demasiadas respostas conflituosas. 
tenho sono e vou dormir.
ou tentar.

domingo, 13 de dezembro de 2015

du bist ein Männ

estou óptimo.

"a faculdade vai optimamente, tenho óptimos amigos, estou com uma pessoa óptima, tenho óptimas perspectivas para o futuro, tenho uma família óptima, uma casa óptima... é tudo óptimo", repito a mim mesmo, todos os dias. 
se vai tudo óptimo porque é que há alturas que eu não me sinto assim tão óptimo? e porque é que essas alturas são (quase) uma constante? há alturas melhores e piores na vida de uma pessoa, isso é certo... mas as alturas piores deixam-me tão volátil, tão deprimido, e são tão preponderantes na minha vida. e eu, como o pessimista interior que sou, tendo sempre para escrever textos sobre aquilo que eu sinto e hiperbolizá-lo de maneira a achar que sinto mais do que aquilo que realmente sinto. ou não?
será que eu sinto alguma coisa? às vezes acho mesmo que não. mas depois lembro-me daqueles pequenos prazeres da vida: acordar ao lado de alguém de que gostas, receber boas notícias, ver as estrelas no céu, ouvir chuva à lareira (...) e recordo-me do que sinto nessas alturas. 

esperança.

não de que a minha inner persona se vai finalmente entender (pelo menos não imediatamente) com a minha outer persona, porque essas têm uma discussão desde que me lembro e acho que pensar nesse assunto é contra-producente, mas de que as coisas algum dia se vão resolver. sei lá. que eu algum dia me vou resolver. 
acho que é esperar para ver. até lá... 

o que interessa é ter esperança.

domingo, 5 de julho de 2015

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Sinto-me sozinho.

Não aquele sozinho de não ter amigos ou pessoas lá para mim. Isso tenho a montes e não os quero desvalorizar. Sinto-me sozinho quando estou comigo mesmo. Falta alguém aqui. É como se, simultaneamente, existisse apenas parte de mim, e a outra parte notasse essa ausência. Como se a minha parte corpórea aqui estivesse mas a espiritual se encontrasse dividida, repartida, por quem lhe arrancou pedaços de si. Não passo de um mecanismo cujas acções são repetitivas e padronizadas.
E o que assusta mais é já não me lembrar de ser de outra maneira.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

o futuro

Mal posso esperar por sair daqui.
E, no entanto, quero ficar. As correntes que me prendem estão a consumir-se pela ferrugem e eu, esperando o seu desaparecimento há anos, questiono o que farei quando elas quebrarem.
Tenho medo. E admitir isto custa-me e consome-me e enlouquece-me.

O futuro assusta-me. E apesar de ter de lutar por ele, porque o quero e porque o espero... Quase que sinto como se o medo que se apodera lentamente de mim me impede de me impelir na sua direcção.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

ser 'mais um'

O título do meu blog nunca fez muito sentido para mim. Para ninguém, de facto. Mais um. Mais um quê? Mais um blogue? Mais um idiota a fingir que escreve desabafos profundos sobre a sociedade, o namorado, amor e ódio, relações terminadas, músicas e coisas aleatórias?
Agora que penso nisso, a resposta é sim. Para tudo. A expressão "A minha vida dava um livro" aplica-se tão bem a mim próprio. Não querendo ser pretensioso, a minha vida dava de facto um livro. Relações familiares completamente alteradas, incongruências da sociedade quase permanentemente aplicadas, o amor pouco aparece e, sinceramente, a paciência desvanece. Permaneça a inteligência suficiente para, pelo menos, continuar a escrever por aqui.
Não escrevo para ninguém. Não escrevo por ninguém. Escrevo porque sim. Porque há coisas que não se dizem, palavras que não se pronunciam, acções que não se realizam. A escrita é, para mim, um meio de fuga. Eu escrevo sobre tudo. Sou desordenadamente sincero. As ideias vêm, assentam, e eu escrevo. Tal como a vida, é um rodopio frenético de emoções e ideias que mal se contêm, tornando-se palavras incoerentes e acções aleatórias. Textos forçados e palavras escorraçadas da minha mente a chicote, como escravos em perpétua escravidão. Escrevo aqui de mês a mês, de meses a meses. Quando a inspiração atinge forte e feio. Não me sinto obrigado a escrever sobre tudo. Não me sinto obrigado a escrever, de todo. Escrevo quando sinto que há algo tão transcendente que não é possível transmitir aos outros por voz. Texto é mais intenso. Mais verdadeiro. Faz com que o sentimento perdure. E é isso que se quer, quando se lê alguma coisa.
Portanto, sim. Sou mais um que anda para aqui a escrever. Mais um que anda para aqui a partilhar pedaços da sua história de 18 anos e uns meses, simplesmente para se agradar a si próprio. E é neste ponto, neste ponto crítico, que não sou mais um.
E assim, não sou só mais um. Sou eu, único, uno, indiviso. Sou mais um a pisar esta Terra, mas sou original e distinto. E isso, no meio de tantas dúvidas existenciais, significa que sou mais do que o que realmente sou. Paradoxalmente, estamos sempre a superar-nos. O meu eu de há 5 segundos atrás viveu mais do que o meu eu de agora, e assim sucessivamente, até ao infinito. Eu recuso-me a ser mais um. 

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

eu não quero adormecer

Todas as semanas é o mesmo inferno. Esperar 6 dias para estar contigo é, para mim, uma eternidade. Só os supero porque no fim estás tu. Odeio os nossos horários desajustados. Odeio estar tão longe de ti. Odeio que falemos tão pouco durante os dias de semana. Eu sei que a culpa não é tua. É complicado. A vida é complicada.

Mas de repente, quando te vejo, tudo se altera. A minha objectiva roda, os meus parafusos enroscam novamente. Quando olho para ti, tudo faz sentido. É tão esquisito que assim seja. Mas, de algum modo, sei que estar contigo é o que me faz melhor, agora. Abraçar-te torna o meu mundo colorido outra vez. Pensar em ti muitas vezes me traz lágrimas aos olhos: é um sentimento tão forte, algo tão único, que não consigo aguentar. Não é amor, é mais que isso. Eu sei que não pensas em mim desta maneira, como algo completamente superior, sem o qual morrerias. Mas não faz mal. Pela primeira vez na vida, sei que alguém me ama. E estou tão grato por seres tu. Este Sábado, não te queria deixar ir. Não queria. Nunca quero. Não. NÃO! Fica. Por favor. Mais 5 minutos. Mais 10. Mais 30. Mais 1 hora. Mais 1 dia. Mais 1 semana?Para sempre? Um dia.

Aproxima-se o nosso aniversário de 1 mês, e eu sinto que namoramos há anos. És a melhor pessoa para mim. És a minha pessoa. Eu passo tanto tempo a pensar em ti. Passo o tempo todo a pensar em ti.

You're my life. And I'm walking on air.